19.5.16

Dor, sofrimento e cura

 

Precisamos de curar as feridas. Somos os semeadores da paz e da esperança no mundo. Se não curamos, uma a uma, as feridas, depressa começaremos a respirar por elas, e pelas feridas só se respira ressentimento. 

 


 
Meu Pai, em Ti me abandono.
A pessoa que relembra os acontecimentos dolorosos parece-se com alguém que tome nas mãos uma brasa ardente. A pessoa que alimenta o rancor contra o irmão é como quem atiça a chama da febre. Quem se queima? Quem sofre mais, aquele que odeia ou aquele que é odiado, aquele que inveja ou aquele que é invejado?

 
Como um bumerang, o que sinto contra o irmão destroi-me a mim mesmo. Quanta energia inutilmente desperdiçada!

 
É ridículo que eu viva cheio de ira contra aquele que me fez aquilo, quando ele continua feliz «bailando» na vida, tão despreocupado comigo que nem sequer se interessa de saber se estou vivo ou morto. A quem prejudica essa ira?

 
A vida foi-nos dada para sermos e tornarmos felizes os outros. Faremos os outros felizes na medida em que nós mesmo o formos. O Pai colocou-nos num jardim.
Nós é que transformamos o jardim em vale de lágrimas com a nossa falta de fé, de amor e de sabedoria.

 
Só sei uma coisa: que Ele sabe tudo e que nós não sabemos nada. Sei também que me quer muito e que o que Ele permite é o melhor para mim. Fecho, pois, a boca e aceito, em silêncio e paz, todos e cada um dos acontecimentos que, na altura, tanto me fizeram sofrer. Faça-se a sua vontade. Meu Pai, em Ti me abandono.
 
 

[Dor, cura, sofrimento - I. Larragñaga]



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Salvé Regina!