20.3.16

Para uma boa confissão

 
Oração para antes da Confissão:

Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente dos meus pecados. O Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão. Ámen.
 
Lembre-se de confessar os seus pecados com arrependimento sobrenatural, tendo uma resolução firme de não tornar a pecar e de evitar situações que levem ao pecado. Peça ao seu confessor que o ajude a superar alguma dificuldade que tenha em fazer uma boa confissão. Cumpra prontamente a sua penitência.
 
 
Nota: desconheço o autor da citação mencionada.
 

19.3.16

S. José

São José permaneceu no silêncio e na mais profunda discrição para não atrapalhar minimamente a missão de Jesus, mas Deus quis que muitos Santos, Padres e Papas pudessem vislumbrar toda a sua grandeza e glória. Em uma aparição a Santa Margarida de Cortona, ela conta que lhe disse Jesus:
 
“Filha, se desejas fazer-me algo agradável, rogo-te, não deixeis passar um dia sem render algum tributo de louvor e de bênção ao meu Pai adoptivo São José, porque me é caríssimo”.
 
 Novena simples em honra de S. José:
Rezar sempre no começo em cada dia:

Deus misericordioso,
aceitai benigno a mediação
do glorioso Patriarca S. José,
a quem constituístes
chefe da Sagrada Família,
para, por sua intercessão,
obtermos as graças
que humildemente pedimos.
                       *
1- Glorioso Patriarca S. José,
que recebestes do Céu revelação do mistério de Cristo,
fazei-nos conhecer melhor Jesus, nosso divino Salvador.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
2- Amabilíssimo S. José,
que contemplastes, com inefável amor,
a Jesus nos vossos braços,
guiai-nos sempre pelo caminho das virtudes cristãs.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
3- Glorioso Patriarca S. José,
livrai-me dos castigos
merecidos pelo pecado
e obtende-me as bênçãos de Deus.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
4-Poderoso Patriarca S. José,
chefe da Sagrada Família de Nazaré,
socorrei todas as famílias
com o pão do corpo e da alma.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
5- Bem-aventurado S. José,
trabalhador na oficina da Sagrada Família,
fazei que todos os que trabalham
gozem dignamente o fruto do seu trabalho.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
6- Bondoso S. José,
pelos privilégios que Deus vos concedeu,
livrai-nos de todo o pecado
e alcançai-nos uma santa morte
e a bem-aventurança eterna.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
7- Bondoso Patriarca S. José,
consolador dos aflitos,
obtende-me paciência e fortaleza
nos sofrimentos e tribulações da vida.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
8- Manso e humilde S. José,
fazei-me atender sempre às inspirações
do Divino Espírito Santo
e obtende-me de Jesus
todas as graças de que preciso.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
9- Glorioso Patriarca S. José,
a quem a Divina Providência confiou,
na aurora dos tempos,
a guarda da Igreja
detentora dos mistérios da Salvação,
guardai-a e protegei-a
com todas as graças de que precisa.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
                       *
Oração final :
 
Ó Deus que tanto honrastes S. José,
permiti que ele nos socorra nas nossas aflições,
pelos méritos de Vosso Filho Jesus
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ámen.

Oração do Anjo, em Fátima

 
Oração do Anjo, em Fátima
 
 
Santíssima Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo,
Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes,
sacrilégios e indiferenças
com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.
 
Amen.
 
 
Ensinada aos (videntes) pastorinhos de Fátima.
 

17.3.16

2. Apelo à Fé

«Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. »
 
 
Cap. III
 
«Meu Deus eu creio» - Apelo à Fé
 
(…)
A palavra de Deus, contida nas páginas sagradas, é uma revelação que não podemos negar, porque – como nos declara Jesus Cristo, no Seu Evangelho –«as palavras que Eu vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai que está em Mim, é que faz as obras. Acreditai que estou no Pai, e o Pai em Mim: Crede-me ao menos por causa das mesmas obras» (Jo 14, 10-11).
Vemos que Jesus Cristo chama a nossa atenção para as Suas obras, porque as obras são o verdadeiro testemunho do que cada um é, e confirmam a sua palavra. Por isso, quando S. João Baptista enviou os seus discípulos a Jesus para Lhe perguntar se era Ele o Messias ou se haviam de esperar outro, Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres» Mt 11, 4-5). Como ninguém, a não ser Deus, pode fazer estes milagres, Jesus confirma com eles a Sua palavra e o Seu poder de vida: «Quem ouve a Minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não incorre em condenação, mas passou da morte para a vida» (Jo 5, 24).
Como vemos, a palavra de Jesus Cristo, é a palavra de Deus, porque Jesus Cristo é Deus, em tudo igual ao Pai, podendo afirmar: «Eu e o Pai somos um» (Jo 10,30). Na verdade, Jesus Cristo é o Filho de Deus que Se fez homem no seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isto mesmo é que o Santo que vai nascer há-de chamar-Se Filho de Deus» (Lc 1,35).
Quando, na anunciação, o Anjo dirigiu a Maria estas palavras, proclamou a divindade do Filho, que havia de tomar carne humana no seu seio materno e nascer, para Se tornar igual a nós, visível aos nossos olhos e assim poder operar o mistério da nossa Redenção.
Jesus Cristo é, pois, Deus e Homem verdadeiro. A Sua palavra é vida eterna para aqueles que a escutam e cumprem; recusá-la é lavrar a própria sentença de condenação, como nos diz o Senhor: «Se alguém ouvir as Minhas palavras e as não guardar, não sou eu que o condeno, porque não vim para condenar o mundo, mas para o salvar.: Quem Me rejeita a não acolhe as Minhas palavras, tem quem o condene. A palavra que anunciei é que há-de condená-lo no último dia. Porque eu, não falei por Mim mesmo; o Pai que me enviou, foi quem determinou o que devo dizer e anunciar. Eu sei que o Seu mandamento é vida eterna. Portanto as coisas que digo, digo-as como o Pai Mas comunicou a Mim» (Jo 12, 47-50). Ele tinha afirmado: «As palavras que Eu vos disse são espírito e vida» (Jo 6,63).
A palavra de Cristo é a palavra do Pai: «O Pai que Me enviou, foi quem determinou o que devo dizer e anunciar». Assim Cristo veio ao mundo, não para destruir a Lei de Deus, mas para completá-la, aperfeiçoá-la e elucidar-nos sobre o seu verdadeiro sentido e sobre o modo como devemos compreendê-la e praticá-la. São palavras d’Ele: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas: Não vim revoga-la, mas completá-la» (Mt 5,17).
Jesus Cristo veio ao mundo como Mestre para ensinar-nos, para guiar os nossos passos pelo caminho da verdade, da justiça, da caridade e da vida. Porque qualquer outro caminho que não seja o que Ele nos traçou é caminho que leva à morte eterna.
(…) A Sua doutrina é precisa e exacta. Mas, para se cumprir a palavra de Jesus, é necessário conhecê-la e acreditar n’Ele; porque como vamos cumprir uma Lei que não conhecemos, ou, se não acreditamos na pessoa que a promulgou? É preciso, pois, aceitar a pessoa de Cristo.
No mundo, infelizmente há muita gente que se preza de sábia, mas das leis de Deus pouco ou nada sabe; e o pior é que muitas vezes a gente contesta-as; não porque as conhece bem, mas porque vê nelas um dique às próprias paixões desordenadas, à falta de justiça e de caridade. E, no entanto, as leis de Deus são aquilo que, a todos nós, mais nos devia interessar conhecer, porque é por elas que seremos salvos ou condenados.
Outros há que até conhecem as leis de Deus, mas dão-lhes uma interpretação errada, oposta ao sentido de Cristo, crendo que com isso justificam os desregramentos da própria conduta; assim eles fazem grande mal a si mesmos e ao próximo, ao qual enganam com os seus exemplos, com a sua mentalidade e as suas palavras erradas. São como aqueles acerca dos quais Jesus Cristo disse: «Deixai-os, são cegos a conduzir outros cegos! Ora se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova» (Mt 15,14).
Precisamos, pois, de ter cuidado com eles; segundo a regra que nos deu Jesus Cristo, podemos conhecê-los pelas próprias obras: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto; não se colhem figos dos espinhos, nem uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o que é bom; e o mau, do seu mau tesouro, tira o que é mau; pois da abundância do coração é que fala a boca» (Lc 6,43-45).
Cap. IV e último:
 
Esta é a regra orientadora que nos deixou Jesus: olhar para as obras dos que se apresentam como guias, nos caminhos da vida; ver se estão de acordo com os ensinamentos da Igreja de Deus, fundada por Cristo, a única verdadeira, que possui o dom da infabilidade no reconhecimento e declaração da Verdade de Cristo, pela assistência do Espírito Santo: «Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco para sempre, o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14, 16-17).
Esta promessa de Jesus Cristo, feita à Sua Igreja, dá-nos a certeza absoluta nos caminhos da fé, que devemos percorrer e que nos são traçados pela Igreja de Cristo, porque esta é guiada pelo Espírito Santo; é o Espírito Santo quem nos fala pela boca da Igreja.
Em várias ocasiões, me tem sido feita a pergunta: «Mas como havemos nós de saber qual a verdadeira Igreja de Cristo?»
A resposta a esta pergunta ser-vos-ia dada melhor pelos teólogos que estudam do que por mim, pobre e ignorante. Nem mesmo me atreveria a responder, se não fosse o texto sagrado a elucidar-nos.
S. Mateus conta-nos como Jesus Cristo, tendo ido com os Seus Apóstolos para a região de Cesareia de Felipe – durante a travessia do Lago para lá chegarem, o Mestre tinha-os prevenido contra as doutrinas falsas dos fariseus, que não acreditavam n’Ele –, fez-lhes a seguinte pergunta: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “ Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo”. Jesus disse-lhe em resposta, “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que to revelaram, mas o meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do inferno nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus, e tudo quanto ligares na terra ficará ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra será desligado nos Céus” (Mt 16, 15-19).
Foi assim que Jesus Cristo constituiu S. Pedro, Chefe e cabeça visível da Sua Igreja na terra, com todos os poderes para a governar, dirigir e instruir, sob a acção e assistência permanente do Espírito Santo, pelo qual o divino Mestre lhe concedeu o dom da «infabilidade». Se assim não fosse, penso que Jesus Cristo não podia comprometer-se a dar por bem feito no Céu, tudo aquilo que os Seus representantes fizessem, em Seu nome, na terra. Todos nós sabemos muito bem como todos os homens, enquanto simples criaturas, estão sujeitos a deficiências e enganos; por isso, aquilo que nos assegura a infalibilidade da Igreja é a assistência do Espírito divino, que Jesus Cristo lhe prometeu: «A palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou. Tenho-vos dito isto, estando convosco. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, Esse ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito». (Jo 14,24-26). E o Senhor, voltando ao assunto, diz: «Quando vier o Consolador, que vos hei-de enviar da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele (…) guiar-vos-á para a verdade total» (Jo 15,26;16,13).
Temos assim assegurada a infabilidade da Igreja, na palavra de Cristo, que é Verdade: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim» (Jo 14,6). O nosso caminho é a palavra de Cristo, confiada à Sua Igreja, sob a assistência do Espírito Santo.
Mas, as vossas perguntas têm ido mais longe: "Entre as várias igrejas que se dizem cristãs, qual é a primitiva e a verdadeira?"
Como vimos, Jesus Cristo escolheu S. Pedro para o designar Chefe e Cabeça da Sua Igreja na terra. Confiou-lhe o depósito da Sua doutrina para ele o guardar e ensinar juntamente com todos aqueles que a ele permanecerem unidos na mesma fé, na mesma esperança e na mesma caridade.
S. João conta-nos que Jesus Cristo, um dia, já depois de ter ressuscitado, esperou na praia os Apóstolos que andavam a pescar, tendo-lhes servido peixe assado e pão, quando desceram da barca. «Depois da refeição, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que Te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros” Voltou a dizer-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?» Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que Te amo”. Jesus disse-lhe «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?» Pedro respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, tu bem sabes que Te amo». Jesus disse-lhe: «apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21,15-17).
Jesus Cristo confiou à guarda de S. Pedro todo o rebanho que é a Sua Igreja: os cordeiros e as ovelhas, as ovelhas e os pastores. Portanto a verdadeira Igreja de Cristo é constituída por todos aqueles que permanecerem unidos a Pedro pela mesma fé, pela mesma esperança e pelo mesmo amor, que é a caridade de Cristo. Deus é «Caridade»; e por isso, exige do Seu representante um tríplice protesto de Amor.
Na verdade, a Igreja de Deus,  é a Igreja da caridade, do Amor. Isto mesmo pediu Jesus Cristo ao Pai, pouco antes de Se entregar à morte por nós:
«Pai Santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós. (…) Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão-de crer em Mim, para que todos sejam um só; como Tu, ó Pai, estás em Mim e eu em Ti, que também estejam em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste e os amaste, como Me amaste a Mim» (Jo 17,11.20-23).
Com estas palavras, Jesus Cristo revela-nos qual deve ser a unidade da sua Igreja: Uma única, uma só. Uma única unidade que não admite partilha: «Dei-lhes a glória que Tu me deste, para que sejam um como Nós somos um» Unidos pela mesma fé, esperança e caridade.»
Antes desta oração a Seu Pai, Jesus demorara-Se longamente a falar com os Seus discípulos, dizendo-lhes a certo momento: «Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como a vara não pode dar fruto por si mesma se não estiver na videira, assim acontecerá convosco, se não estiverdes em Mim. eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim e Eu nele, esse dá muitos frutos; porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em Mim, será lançado fora, como a vara, e secará; lançá-lo-ão ao fogo e arderá». (Jo 15,4-6).
Temos aqui bem definida a sorte dos que, desorientados por falsas ideias, pelas tentações do mundo. Do demónio ou da carne, se deixam arrastar e se separam do verdadeiro Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. Sem os seguir, devemos orar e sacrificarmo-nos por eles, para que regressem ao bom caminho, porque Deus não quer que o pecador se perca, mas que se converta e viva.
 Este é o motivo por que Nossa Senhora tanto nos recomendou a oração e o sacrifício pela conversão dos pecadores. «Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores. Vão muitas almas para o Inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas». (Fátima, 19 de Agosto de 1917).
É assim que a Igreja de Deus é una: uma só, unida pelos laços do perdão, do amor e da fé. É una e católica, universal, como nos ensinou e mandou Jesus: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa nova a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo, mas quem não acreditar será condenado» (Mc 16,15-16).
 

14.3.16

Domingo

Domingo é o dia do Senhor.

Então, «que o dia do Senhor, seja o Senhor dos teus dias!»

- Regina Pacis.

12.3.16

Chamados à oração

Oração do Anjo da Paz, de Portugal, ensinada a Lúcia, Jacinta e Francisco, os pastorinhos, videntes, de Fátima:
 
 
 
«Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. »
 
Mesmo que nos parecendo, à priori, tão curta e pobre esta oração, a Irmã Lúcia, uma das videntes das aparições de Nossa Senhora em Fátima, tem ainda tanto para nos falar sobre a mesma.
 
Em "Apelos da mensagem de Fátima" lemos o que nos diz:
 
I.                APELO Á FÉ
Desejo agora repassar a Mensagem que o bom Deus, pela Sua Mãe Santíssima, confiou aos humildes pastorinhos da Cova de iria (Fátima), para renovar à humanidade de hoje, nomeadamente aos peregrinos de Fátima, os Seus apelos de sempre.
Dizer peregrinos de Fátima é o mesmo que dizer peregrinos da Paz; creio até que existe um idioma no qual a palavra Fátima significa paz. De qualquer modo, todos somos peregrinos da Paz; por viver em paz: todos desejamos e anelamos por dias de paz, por viver em paz. Mas esta paz não será conseguida, enquanto não tomarmos a Lei de Deus por norma e guia dos nossos passos. Ora, toda a Mensagem de Fátima, é uma chamada de atenção para essa Lei divina. Por isso, vamos segui-la passo a passo, e ela nos indicará o caminho a percorrer.
Quando se deram as Aparições, eu ainda não conhecia esta Lei; dela, tinha apenas uma ideia muito limitada e imperfeita, que possuía qualquer outra criança simples e ignorante, como eu era então, que não soubesse ler nem escrever e vivesse num meio tão desprovido de cultura e ciência, como era aquele em que me encontrava. E apesar de ter passado a viver depois em meios mais cultos, confesso que só muito lentamente é que fui  adquirindo esse conhecimento, pela Luz que Deus me foi dando.
Na verdade, só muito tempo depois de se terem verificado tais acontecimentos e de os termos descrito, é que me foi permitida a leitura do livro da Sagrada Escritura. E foi só então que compreendi o verdadeiro sentido da Mensagem, embora me houvesse sido dado a compreendê-lo já antes, mas em sentido menos concreto.
Primeiro apelo da Mensagem:
Meu Deus eu creio.
Estávamos na Primavera de 1916… Suponho eu, porque então, como criança, não me preocupava de datas, possivelmente nem saberia a quantos se estava do mês! Nessa altura, pois, encontrando-se os humildes pastorinhos de Fátima, na encosta do chamado monte do «Cabeço», ao abrigo de uma rocha a que deram o nome de «Loca», viram a certa distância um jovem, como se fosse de luz, que se aproximava e, ao chegar junto deles, disse:
«Não tenhais medo. Sou o anjo da paz. Orai comigo». E, ajoelhando por terra, curvou a fronte até ao chão, repetindo por três vezes as seguintes palavras:
«Meus Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam».
Em seguida ergueu-se e concluiu dizendo:
«Orai assim; os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas»
O primeiro apelo, que Deus nos dirige aqui por meio do Seu enviado, é um apelo à Fé: Meu Deus, eu creio!
(segue…)
II
A Fé está na base de toda a vida espiritual. É pela fé que acreditamos na existência de Deus, no Seu poder, na Sua sabedoria, na sua misericórdia, na sua obra redentora, no seu perdão e no Seu amor de Pai.
É pela fé que acreditamos na Igreja de Deus, fundada por Jesus Cristo, e na Doutrina que ela nos transmite e por meio da qual seremos salvos.
É a luz da fé que guia os nossos passos, conduzindo-nos pela via estreita que leva ao Céu.
É pela fé que vemos Cristo nos nossos irmãos, que os amamos, servimos e ajudamos , quando precisam do nosso auxílio.
É ainda pela fé que nos vem a certeza da presença de Deus em nós; de que estamos sempre sob o olhar de Deus. É este olhar de Luz, omnipotente e imenso, que se estende por toda a parte, que tudo vê, tudo penetra, com nitidez única e própria só do Sol Divino, face ao qual o sol, que vemos e nos alumia, não é mais que pálido reflexo, uma ténue centelha emanada da Luz do imenso Ser que é Deus.
Isto que acabo de dizer-vos, não é novo; di-lo já S. João, no início do seu Evangelho:
«No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus; e o Verbo era Deus. Ele estava, no princípio, com Deus. Tudo começou a existir por meio d’Ele, e sem ele nada foi criado. N’Ele estava a Vida, e a Vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a admitiram» (Jo, 1, 1-5).
Nesta passagem, S. João fala-nos do Ser eterno do Verbo de Deus; diz-nos que tudo por Ele foi criado; tudo recebeu d’Ele o ser que tem. No Seu poder, bondade e sabedoria infinita, Deus comunica a tudo quanto existe os dons necessários à sua subsistência. Por isso, tudo depende d’Ele, e sem Ele nada pode continuar a existir.
… (continua…)
Resumo do 1º Capítulo de: Apelos da Mensagem de Fátima – Autoria: Irmã Lúcia.
 

10.3.16

Bilhetes do Céu (2)

 
 
"três virtudes devem adornar-te especialmente: humildade, pureza de
intenção e amor"


Ir. Faustina  (Diário, 1779)

Devoção do mês (2)


Março - S. José
Testemunho de Santa Teresa do Menino Jesus:
 
Testemunho de Santa Teresa, que, tão provada foi, em sofrimentos do corpo e da alma e que por isso esteve em grave risco de desesperar. Dito pela Santa – Doutora da Igreja:
Tendo vinte e dois anos e encontrando-me atacada de paralisia, vendo o triste estado a que me tinham reduzido os médicos da terra, resolvi dirigir-me aos do céu. Tomei então por advogado e protector, o glorioso S. José que me concedeu o seu socorro da forma mais visível.
Este bem amado pai da minha alma, apressou-se a livrar-me das angústias e enfermidades e livrou-me mais tarde, de perigos dum género diferente e bem mais graves, pois, me ameaçavam de perder-me eternamente.
Não me recordo de jamais me ter recusado alguma coisa e me tem dado sempre, mesmo aquilo que nem sequer sabia desejar. S. José fez resplandecer em mim o seu poder e bondade. Graças a ele recobrei as minhas forças, levantei-me, caminhei e fiquei livre da minha paralisia… É maravilhoso enumerar a quantidade de graças de toda a ordem com que o Senhor me tem cumulado, e os perigos, tanto do corpo como da alma, de que me tem livrado pelos merecimentos do meu bem amado patrono.
Deus parece ter concedido a cada um dos outros Santos, o poder de nos socorrer em necessidades particulares; o nosso Santo, ao contrário, em todas.
A experiência prova-o todos os dias; e por tal, Nosso Senhor nos fez compreender que, assim como lhe foi submisso em tudo na terra, quer também continuar no Céu condescendendo todos os seus desejos…
Depois da constante experiência que tenho dos favores preciosos que S. José obtém, para aqueles que se lhe dirigem, eu queria inspirar a toda a gente uma grande devoção para com Ele. Entre todas as almas que são fiéis em o honrar, não conheço uma só que não faça, em cada dia, rápidos progressos na perfeição.
Há muitos anos já que no dia da sua Festa, lhe peço uma graça especial e nunca me foi recusada. Tenho  verificado mesmo que, se aquilo que lhe tenho pedido não é o que me convém, este amável Santo sabe transformar tudo ao maior bem da minha alma.
Se alguém hesita em acreditar no que digo, suplico-lhe por amor de Deus que faça a experiência e então, verá como vantajoso é recomendar-se a este glorioso Patriarca e enfileirar no número dos seus devotos servidores.
(Livro da Vida da Santa)

Alma da Igreja - IV

4.

 
O coração da nossa Fé
 
A Fé no Espírito Santo é o coração da nossa fé cristã, porque a nossa Igreja é a Igreja do Espírito Santo. E a fé no Espírito Santo é o coração da nossa fé cristã, como professa o Credo dos santos concílios.

É o Espírito que está no coração da santificação dos discípulos de Cristo. É ele que anima o seu zelo missionário e a sua oração ecuménica. É o Espírito que é a fonte e o motor da renovação da Igreja de Cristo.
 
De: S. João Paulo II
«A resposta está no Vento»
 
 
 
 
Fim desta série
 

Missa (3)

 
«O próprio Deus não pode fazer uma acção mais sagrada e maior que a celebração de uma Santa Missa»
 
Sto. Afonso Maria de Ligório

Alma da Igreja - III

3.

Uma dádiva para todos
 
 
O Espírito Santo continua a revigorar a Igreja e a dirigi-la nos caminhos da santidade e do amor. Como bem salienta Santo Ambrósio, na obra De Spiritu Sancto, «se bem que Ele seja inacessível por natureza, pode, no entanto, ser recebido por nós graças à sua bondade; enche tudo com a sua virtude, mas dele participam apenas os justos; é simples na sua substância, rico em virtude, presente em todos, divide aquilo que é seu para o dar a todos e está todo inteiro em todos os lugares».
 
 
(Segue...)

2.3.16

Missa (2)

 

“O homem deveria tremer, o mundo deveria vibrar, o Céu inteiro deveria comover-se profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote”.

S. Francisco de Assis

Bilhetes do Céu

1. Pai de amor


Deus não é alguém que vive tão isolado que não possas aproximar-te dEle, nem um guarda celeste sempre pronto a castigar tudo o que se faz de mal.
Ele é um Pai que ama. Ele diz:

«Amo-te com um amor eterno, e por isso, a ti, estendi os meus favores»  - Jer 31,3

Ámen.

1.3.16

Alma da Igreja - II

2.

Partir do mistério

Grande mérito da Lumen Gentium é ter vigorosamente recordado que, se se quiser recolher adequadamente a identidade da Igreja, mas sem descurar os aspectos institucionais, deve-se partir do mistério. A Igreja é mistério, porque está enxertada em Cristo e radicada na vida trinitária. Jesus, o Verbo de Deus feito homem, é a «luz» que resplandece sobre o vulto da Igreja. Ele fez cumprir as expectativas do antigo Israel, iniciando o advento do Reino de Deus. Recolheu assim, entre todas as gentes, um novo povo de Deus, unindo-se a Si como seu corpo e sua esposa, na força do Espírito Santo.
 
Mistério sublime, que iguala entre si os baptizados e os incita à contínua conversão até ao vértice da santidade. Eis, pois, a Igreja: um povo a caminho da história, mas com o olhar fixo e voltado para a segunda vinda de Cristo.

(Segue...)

Defendendo a nossa Fé

Manifestação em Sevilha contra a separação da Igreja e o Estado.
 
 
Deus nos livre que por cá peguem nesta má ideia.