30.4.20

A Santa Cruz

 
 
Abrace a Cruz de Jesus e nunca lhe faltará força. Lancemo-nos nos  braços de Jesus, nos braços da Cruz e aguardemos com humildade e paciência, até que Ele se digne levantar-nos.
 
 
Santo Padre Pio

27.4.20

A Primeira Missa no Brasil

Primeira Missa no Brasil

Há 520 anos, no dia 26 de abril de 1500 – domingo da oitava de Páscoa –, era celebrada a primeira Missa daquele que viria a ser o país com o maior número de católicos baptizados no mundo, o Brasil.

A Santa Missa foi presidida por Frei Henrique de Coimbra e concelebrada por outros sacerdotes em Santa Cruz Cabrália, litoral sul da Bahia, sobre o ilhéu da Coroa Vermelha. Em sua carta ao rei Dom Manuel, o escrivão Pero Vaz de Caminha descreveu a celebração feita em um “altar mui bem arranjado” e que, segundo observou, “foi ouvida por todos com muito prazer e devoção”.

Os portugueses chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500, nas 13 caravelas lideradas por Pedro Alvares Cabral, o qual, avistando do mar um monte, chamou-o de Monte Pascoal, por ser oitava de Páscoa. Àquela terra, inicialmente, colocou o nome Terra de Vera Cruz.

Após desembarcarem em terra firme e terem os primeiros contatos com os índios, seguiram a bordo de suas caravelas para um lugar mais protegido, parando na praia da Coroa Vermelha. Foi neste local que celebraram a Santa Missa. Terminada a celebração, conforme relata Pero Vaz de Caminha, o sacerdote subiu em uma cadeira alta e “pregou uma solene e proveitosa pregação, da história evangélica; e no fim tratou da nossa vida, e do achamento desta terra, referindo-se à Cruz, sob cuja obediência viemos, que veio muito a propósito, e fez muita devoção”.

Conforme indicam os relatos, o escrivão Caminha acreditava que a conversão dos índios seria fácil, pois demonstraram respeito quanto à religião. Neste sentido, pediu ao rei que enviasse logo clérigos para baptizá-los.

A representação mais famosa da celebração é o quadro “A Primeira Missa no Brasil“, feito em 1861 pelo pintor catarinense Victor Meirelles de Lima. Após esta, a segunda Missa foi celebrada no dia 1º de maio, na foz do rio Mutarí. Os anos se passaram e, hoje, o Brasil é o país com o maior número de católicos batizados no mundo.

Segundo o Anuário Pontifício 2018 e o Anuário Estatístico da Igreja 2016, no Brasil vivem 173,6 milhões de católicos, o que representa 13,3% de fiéis do mundo e 27,5% da América do Sul.

Em: acidigital.com
Imagem: Victor Meirelles - Domínio público

Santo/a do dia - Santa Zita

Santa Zita de Lucca

27/04  Santa Zita, Virgem (+ Luca, 1278)  
Foi durante 40 anos criada de uma família nobre na cidade italiana de Luca. Distribuía 
aos pobres o pouco que lhe sobrava do salário recebido. Sua santidade foi reconhecida ainda em vida, e confirmada por grande número de milagres. É padroeira das empregadas domésticas e patrona de Luca. 

26.4.20

Meditações de St Agostinho - adversividades

Santo Agostinho
"Senhor, salva-nos!"
Ó meu Deus, o meu coração é como um vasto mar sempre agitado pelas tempestades: que ele encontre em Ti a paz e o repouso. Tu ordenaste aos ventos e ao mar que se acalmassem e, à tua voz, eles amansaram; vem pacificar as agitações do meu coração para que tudo em mim fique calmo e tranquilo, para que eu possa possuir-te, a ti, meu único bem, e contemplar-Te, suave luz dos meus olhos, sem perturbação nem obscuridade.
Ó meu Deus, que a minha alma, liberta dos pensamentos tumultuosos
deste mundo, "se esconda à sombra das tuas asas" (Sl 16,8). Que ela encontre perto de t´Ti um lugar de refrigério e de paz; transportada de alegria, que ela possa cantar:
"Agora posso adormecer em ti e em ti repousar em paz" (Sl 4,9).
Que ela repouse, te peço meu Deus, que ela repouse das lembranças de tudo o que está por baixo do céu, desperta só para Ti, como está escrito: "Eu durmo, mas o meu coração vigia" (Ct 5,2). A minha alma só pode estar em paz e em segurança, ó meu Deus, sob as asas da tua protecção (Sl 94,4). Que ela fique então eternamente em ti e seja abrasada do Teu fogo. Elevando-se acima de si mesma, que ela te contemple e cante os teus louvores na alegria. No meio das perturbações que me agitam, que os Teus dons sejam a minha doce consolação, até que eu chegue a Ti, a Ti que és A Paz verdadeira.
(Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona e doutor da Igreja Meditações, cap. 37)
Em: Catolicismoromano.com.br

Cinco minutos diante de Santo António

Santo António
                  
Cinco minutos diante de Santo António
 
Há quanto tempo te esperava, ó alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que queres que eu peça ao Senhor.
 
Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho, dize-me uma a uma todas as tuas necessidades, pois desejo ser o intermediário entre tua alma e Deus com o fim de suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração e quero unir-me às tuas amarguras.
Desejas o meu auxílio no teu negócio..., queres a minha protecção para restituir a paz na tua família..., tens desejo de conseguir algum emprego..., queres ajudar alguns pobres..., alguma pessoa necessitada..., desejas que cesse alguma tribulação..., queres a tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás.
 
Agradam-me, também, as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas, eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes.
 
Tem fé que não tardará a hora em que hás de obtê-la.
Uma coisa, porem, desejo de ti. Quero que sejas mais assíduo ao Santíssimo Sacramento; mais devoto para com a nossa Mãe, Maria Santíssima; quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Oh! Quanto isso me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio.
 
Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim com o pão dos pobres na mão e são atendidos! Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para achar um objecto perdido, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus, e eu, por amor dos meus pobres cuja miséria está a meu cargo, obtenho de Deus tudo o que pedem e ainda muito mais.
 
Temes que eu não faça outro tanto por ti? Não penses nisso porque prezo muito as prerrogativas concedidas por Deus de ser – o santo dos milagres.
Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam. Leio tudo no fundo do coração e a tudo darei remédio; hei de obter as graças; não temas.
 
Agora, volta às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; vem sempre procurar-me, porque eu te espero; tuas visitas me hão de ser sempre agradáveis, porque amigo afeiçoado como eu não acharás.
Deixo-te no coração sagrado de Jesus e, também, no de Maria e no de São José.
 
Reze em seguida: 1 Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Ámen.
 
 
Responso de Santo António
 
Se milagres desejais,
Recorrei a Santo António;
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.
 
Recupera-se o perdido,
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.
 
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.
 
🔶 Recupera-se o perdido... (repetir)
 
Todos os males humanos
Se moderam, se retiram,
Digam-nos aqueles que o viram;
Digam-no os paduanos.
 
🔶 Recupera-se o perdido... (repetir)
 
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, seja agora e sempre,
Ámen.
 
🔶 Recupera-se o perdido... (repetir)
 
V. Rogai por nós bem-aventurado Santo António.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
🔶 Repete-se: Recupera-se o perdido ...
 
Oremos: Deus eterno e omnipotente, Vós quisestes que o Vosso povo encontrasse em Santo António de Lisboa um grande pregador do Evangelho e um intercessor poderoso. Concedei-nos seguir fielmente os princípios da Vida Cristã, para que mereçamos tê-lo como Protector em todas as adversidades.
Por Cristo Nosso Senhor,
Ámen.


Rezar 3 vezes o Glória ao Pai... em acção de graças por todos os dons concedidos por Deus a Santo António e por todos os favores concedidos ao mundo por sua intercessão.




 

21.4.20

Poderosa oração a Nossa Senhora das Graças

 
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa das nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem das nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Ámen.
 
Rezar 3 Avé-Marias e 3 vezes a jaculatória: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."

18.4.20

Não, Sr Ministro - Não ao 1º Maio!


Em Portugal, só a partir de maio de 1974, após a Revolução dos Cravos, é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio, que passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração era reprimida pela polícia.
 
O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em todo o país, com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidos pela central sindical CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical) nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores).
 
 
 

O Ministério da Administração Interna, designado entre 1910 e 1974 por Ministério do
Interior é o departamento do Governo de Portugal responsável pela execução das
políticas de segurança pública, de protecção e socorro, de imigração e asilo, de
prevenção e segurança rodoviária e pela administração dos assuntos eleitorais.
 
***
 
Do que e então se lembrou? De nos convocar ao dia dos "Trabalhadores", mas.., quais
e onde estão? Sou só mais uma nesta palhaçada. Celebrar e então o quê?! Não, ainda não perdemos o juízo. Asseguro que no entanto, balancei um pouco ao ouvi-lo em tal "apelo" e é isto. Rir (ainda) é o melhor remédio. Não bate não, a bota com a perdigota... e então, enquanto não pudermos retomar a nossa fé em pleno, por que carga de água iríamos arriscar nossa saúde, sim.., e em vão? Não é por aí que vou, não e não. A ver  tem e ainda, com o  (excelente) texto que segue abaixo, subscrevo e/ou, com o qual totalmente me identifico:
 
**
"Caros amigos, preciso de partilhar convosco a minha dor, o meu sofrimento, que me impedem de viver em júbilo estes dias: a suspensão das celebrações dominicais, por causa da pandemia. Eu não estou a minimizar a gravidade da pandemia e eu próprio estou confinado à minha residência, obedecendo às orientações da DGS e às ordens do governo.
Não me escandaliza o facto de o governo ter proibido as celebrações, tarefa que lhe foi facilitada pela antecipação dos bispos, dispensando os fiéis do preceito dominical. Deus quer que todos celebrem o dia que a Ele pertence, que Ele fez, como cantamos durante esta semana pascal e que se repete semanalmente ao domingo, dia do Senhor. Ao dispensar assim os fiéis deste mandamento divino, os bispos ultrapassaram os limites das suas competências. Ninguém pode dispensar ninguém de cumprir os Mandamentos da Lei de Deus. Ao fazerem isto, os bispos cometeram um grande pecado, de consequências inimagináveis. Como Adão, vão descobrir agora que estão nus, que perderam toda a sua autoridade.
 
Foi feita a consagração de Portugal ao Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria no dia 25 de Março. Mas dizem-me que o mesmo bispo que presidiu à consagração já declarou a suspensão das celebrações do 13 de Maio… Minha Nossa Senhora, valei-me! Então Nossa Senhora não tem poder para proteger os peregrinos que a ela recorrem? Então para que serviu a consagração? Estamos a viver uma profunda crise de fé ao nível da mais alta hierarquia da Igreja.
 
Talvez agora é que se cumpre a mensagem de Fátima: o Anjo e Nossa Senhora mostraram aos Pastorinhos a profunda «tristeza de Deus». Como Deus deve estar triste hoje! Porquê? Por causa da coronavírus? Por causa dos doentes com cancro? Por causa de outros males que nos afectam? Não, com certeza! Por causa da falta de fé; por causa dos pecados que «bradam aos céus»: sobretudo o homicídio voluntário, o aborto, que atinge proporções nunca vistas de calamidade mundial! O clamor do sangue das crianças que não deixam nascer sobe da terra aos céus, como o sangue do justo Abel.
 
Por isso, mais do que triste, Deus deve estar indignado, zangado, tendo chegado ao limite da Sua divina paciência! Ao suspenderem as missas dominicais, contra o preceito divino, os bispos aparentemente tomaram uma decisão corajosa, mas comprometeram irremediavelmente a sua autoridade. Logo o governo «proibiu» todas as celebrações, não só as dominicais, e agora será o governo quem há-de decidir quando elas serão permitidas e em que condições, porque paira sempre no ar um perigo, real ou potencial, para a saúde pública. Em nome da nossa segurança, tiram-nos a liberdade. E tudo para o nosso bem, porque estamos todos no mesmo barco, até Deus, como disse o Papa na mensagem antes da bênção «Urbi et Orbi», e a nova versão da missa votiva em tempo de calamidade, recentemente aprovada pela Congregação dos ritos e dos sacramentos. Meu Deus, perdoai-lhes, porque não sabem o que dizem nem o que fazem!
 
Nas circunstâncias actuais, tomo muito a sério aquela frase que li em Luisa Piccaretta e que já vos referi: «Quando permito que as Igrejas sejam abandonadas, os ministros dispersos, as missas reduzidas, significa que os sacrifícios são ofensivos para mim. As orações, insultos; as adorações, irreverência; as confissões sem fruto. Portanto, não mais encontrando a Minha glória, mas somente ofensas nem bem nelas, não Me servindo mais, Eu mesmo os removo». Então não foram nem os bispos que suspenderam as missas; nem o governo que as proibiu; foi o próprio Senhor que está cansado de tanta indiferença, falta de respeito, como naquela vez em que amaldiçoou a figueira, porque estava seca, sem fruto. E isso diz-nos a todos respeito, tanto aos padres como aos leigos, porque deixámos de ter o respeito devido ao Santíssimo Sacramento, com terríveis profanações e sacrilégios.
 
Por isso, porque também eu sou pecador e preciso da misericórdia divina, porque estas palavras aceito-as como ditas, em primeiro lugar, para mim, vivo estes dias em atitude penitencial própria da quaresma. Este tempo festivo por excelência vivo-o como luto! S. Tomás tem uma frase que me consola nesta desolação: «Deus não permitiria um mal, se dele não pudesse tirar um bem maior». É esta esperança que me anima, porque Cristo Ressuscitou, venceu Satanás, o pecado e a morte. A Ele toda a glória e o poder para sempre."
 
Ámen
 
Padre José Jacinto Farias - Professor de Teologia Dogmática na Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lisboa.
 
Fonte - texto em: Senza Pagare
 
  
 

O que nasce do teu silêncio

 
Padres do deserto
 

Conta-se que os Padres do deserto, quando chegava alguém pela primeira vez, não falavam. Recebiam o outro em silêncio. Porque pensavam: «se o meu silêncio não o conseguir iluminar, quanto mais a minha palavra». «Ama o silêncio acima de tudo, ele transporta um fruto que a língua é incapaz de descrever. No nosso silêncio nasce alguma coisa que nos atrai ao silêncio.» Que Deus te conceda compreender e acolher o que nasce do teu silêncio. É isso que hoje te peço, Senhor. Que eu guarde o Teu silêncio com confiança e que ele abra, pouco a pouco, o meu coração à escuta não só do presente, das necessidades do presente, mas também daquilo que há-de vir.
 
Cardeal José T Mendonça
 
Santo Antão do deserto
 
«Não lhes ensinarei mais que a oração» - Staretz»
 
Os Padres do Deserto ou Pais do Deserto foram eremitas, ascetas, monges e freiras que viviam maioritariamente no deserto da Nítria (Escetes), no Egipto a partir do século III. O mais conhecido deles foi Santo Antão (ou Santo Antônio, o Grande), que mudou-se para o deserto em 270-271 e se tornou conhecido tanto como o pai quanto o fundador do monasticismo no deserto. Quando Antão morreu em 356, milhares de monges e freiras tinham sido atraídos para a vida no deserto seguindo o exemplo do grande santo. Seu biógrafo, o doutor da igreja Atanásio de Alexandria, escreveu que "o deserto tinha se tornado uma cidade" [1].
 
Os Padres do Deserto tiveram uma enorme influência no desenvolvimento do cristianismo primitivo. As comunidades monásticas do deserto que cresceram destes encontros informais de monges eremitas se tornaram o modelo para o monasticismo cristão. A tradição monástica oriental, representada em Monte Atos, e ocidental, sob a Regra de São Bento, foram ambas fortemente influenciadas pelas tradições iniciadas no deserto. Todos renascimentos monásticos da Idade Média buscaram no deserto alguma inspiração e orientação. Muito da espiritualidade do Cristianismo Ortodoxo, incluindo o movimento hesicasta, tem as suas raízes nas práticas dos Padres do Deserto. Mesmo renascimentos religiosos mais modernos, como os evangélicos alemães, os pietistas da Pensilvânia e o renascimento metodista na Inglaterra foram vistos por estudiosos atuais como tendo sido em alguma medida influenciados pelos Padres do Deserto[2].
 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
 



8.4.20

Quaresma

Uma Sucessão de começos
 
Ponho-me a pensar naquela frase de São Gregório: "a vida é uma sucessão de começos", pois queria muito que este tempo correspondesse a um efectivo recomeço para a minha vida. Não é por acaso que a Quaresma  coincide com o irromper da Primavera. Há um nítido apelo primaveril, um sopro de renovação, um sobressalto, um novo alento a acolher na proposta adulta e exigente do caminho quaresmal.
 
Não me deixes, Senhor, agarrado aos meus invernos. Não permitas que me conforme ao mar gelado do coração. Dia-a-dia, com realismo, o degelo aconteça. Ajuda-me a renascer.
 
Cardeal José Tolentino de Mendonça
 

A grande prece cristã

 
São Serafim de Sarov
 
A grande prece cristã é o nome «Jesus». Esse nome tem poder em nós. É um nome que faz com que confrontemos nossa vida com a dEle. Quanto mais repetirmos «Jesus», mais Jesus poderá nos ajudar. É o nome pelo qual somos salvos, diante do qual todo joelho se dobra no céu, na terra e no inferno (Fl 2,10). Repetir o nome «Jesus» é reafirmar continuamente seu poder: «Deus me salva».
 
Cada um de nós sabe do que mais precisa para viver melhor a própria fé.
Transformando essa necessidade numa prece, a ser repetida todos os dias, estará recebendo de Deus o que pede. A oração nos traz o poder transformador do Espírito Santo. É ele que em nós desperta a lembrança, a recordação de Deus. Faça a experiência!
  

4.4.20

Mais que o medo devido à solidão e ao abandono ...

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31 março 2020
 
Em 1955 o escritor inglês C.S. Lewis, há pouco tempo viúvo devido à morte prematura da sua esposa doente de cancro, escreveu ao seu amigo Malcolm, gravemente doente, uma carta para o consolar e contar-lhe a paixão de Jesus, abandonado por todos, flagelado e injustamente condenado à morte, tão só que na cruz as suas palavras dirigidas ao Pai são «Meu Deus, por que me abandonaste?». Uma forma verdadeiramente singular de consolação.
Tempos antes, a Jesus tinha sido dirigida uma pergunta cheia de angústia, a pergunta sobre a morte: «não Te importas que pereçamos?". São os discípulos que acordam Jesus que  está a dormir na popa do barco à mercê da tempestade no Lago de Tiberíades. O Papa Francisco insistiu sobre esta cena narrada pelo Evangelho de Marcos e repetiu esta pergunta várias vezes no seu discurso pronunciado ontem à tarde na Praça de São Pedro. Depois o Papa rezou diante do ícone da Salus populi Romani e diante do crucifixo da igreja de São Marcelo transportado para a ocasião e colocado ali na praça, em frente da Basílica, debaixo da chuva. No rosto de madeira contorcido pela dor parece estar a pergunta: «Não vos importais que eu pereça?». Jesus morreu sozinho, condenado pelo seu povo, abandonado pelos seus amigos. Ele morreu sozinho e pelos sofrimentos atrozes causados não só pelas suas feridas mas, antes de mais nada, pelo sufocamento devido ao facto de ter sido pregado na cruz. Um crucificado morre de asfixia. Ontem quase mil pessoas na Itália morreram de coronavírus, morreram sozinhas e por asfixia, sem fôlego. O aspecto mais atroz desta pandemia reside precisamente na solidão a que ela nos condena a viver e sobretudo a morrer. Tudo isto assusta os homens, mas ao cristão, além do medo, confere misteriosamente algo mais. O cristão sabe que é Jesus que continua a sofrer nestes irmãos e irmãs, como se estivesse a cumprir o que falta aos seus padecimentos (Cl 1, 24).
No final daquela carta a Malcolm, em 1955, Lewis concluiu: «Estou convencido de que o que tu e eu podemos realmente compartilhar neste momento é apenas a escuridão; compartilhá-la entre nós e, o que mais importa, com o nosso Mestre. Não estamos numa vereda ainda não percorrida, mas antes de tudo, no caminho principal».
Andrea Monda

Santo Anjo da Guarda de Portugal

 
Anjo da Guarda de Portugal
 
Deus eterno e omnipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda,
concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo de Portugal, sejamos livres de
todas as adversidades.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ámen.
Img: Wikipedia
 
 

2.4.20

Santo Padre Pio

 
 
 
São Padre Pio
 

Não vos esforceis para vencer as tentações, porque esse esforço as esforçariam; desprezai-as e não vos detenhais nelas; procurai imaginar Jesus Cristo crucificado nos vossos braços, sobre o vosso peito e dizei, como se beijásseis o seu lado: "Eis aqui  a minha esperança, eis aqui a verdadeira fonte da minha felicidade!

Estarei abraçado fortemente a Ti, ó meu Jesus, e não Te deixarei enquanto não me colocares em lugar seguro."
 
Santo Padre Pio - 1 (O grande amor a Deus)
 

A Medalha Milagrosa

                                                                     A MEDALHA MILAGROSA

Medalha Milagrosa: um sinal que surgiu numa enorme crise social, política e económica - 1830, Paris em chamas: Nossa Senhora, porém, trouxe um sinal!
 
Quando Nossa Senhora apareceu para a jovem noviça Catherine Labouré na capela das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, a cidade estava em crise. A Revolução de Julho de 1830 tinha destituído o monarca francês e deixado à deriva os trabalhadores, que, desempregados e furiosos, organizaram mais de 4.000 barricadas pela capital.
 
As três aparições testemunhadas por Catherine originaram a devoção popular pela Medalha Milagrosa.
Na segunda dessas aparições, Maria se revelou sobre um globo com raios de luz que irradiavam de suas mãos. Em torno de Maria, em forma oval, apareciam as palavras “Oh Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós“.
 
 Na visão de Catherine, o verso dessa imagem mostrava a letra “M”, encimada por uma cruz, e, abaixo, dois corações. O Sagrado Coração de Jesus estava coroado por espinhos; o Imaculado Coração de Maria estava cercado por rosas e trespassado por uma espada.
 
Catherine relatou que Nossa Senhora a tinha instruído a mandar fazer uma medalha baseada nessa visão, prometendo abundantes graças para todos os que a usassem com confiança. Dois anos depois, uma avassaladora epidemia de cólera arrancou a vida de mais de 20.000 parisienses. As irmãs distribuíram a medalha milagrosa e logo começaram a ser relatados vários casos de cura, bem como de proteção contra a doença.
 
A medalha de Maria também desatou alguns eventos surpreendentes. Oito anos após a epidemia, a capela da Rue du Bac voltou a receber aparições. A Mãe de Deus apareceu desta vez para a irmã Justine Busqueyburu, confiando a ela o Escapulário Verde do seu Coração Imaculado para a conversão dos pecadores, em particular dos que não têm fé.
 
Dois anos depois, o banqueiro francês Alphonse Ratisbonne, ateu, membro de uma destacada família judaica, se converteu ao catolicismo. Ratisbonne tinha visitado Roma usando por brincadeira a medalha milagrosa. Ao visitar a famosa igreja barroca de Sant’Andrea delle Fratte, em 20 de janeiro de 1842, recebeu ele próprio uma aparição de Maria. Ratisbonne se converteu ali mesmo.
 
“Ele não conseguia explicar como tinha passado do lado direito da igreja para o altar lateral oposto… Tudo o que ele sabia era que, de repente, estava de joelhos perto daquele altar. No começo, conseguiu ver claramente a Rainha do Céu em todo o esplendor da sua beleza imaculada, mas não pôde continuar olhando para o brilho daquela luz. Por três vezes tentou olhar novamente para a Mãe de Misericórdia; por três vezes foi incapaz de levantar os olhos para além das mãos abençoadas de Maria, da qual fluía, em raios luminosos, uma torrente de graças“.
 
Alphonse Ratisbonne se tornou sacerdote jesuíta e fundou mais tarde a congregação religiosa dos Padres e Irmãs de Sião em Jerusalém.
 
Catherine Labouré morreu mais de trinta anos depois, ainda como freira de clausura no convento de Paris. Seus restos mortais foram encontrados incorruptos em 1933. Ela foi canonizada em 1947 pelo papa Pio XII.