12.3.16

Chamados à oração

Oração do Anjo da Paz, de Portugal, ensinada a Lúcia, Jacinta e Francisco, os pastorinhos, videntes, de Fátima:
 
 
 
«Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. »
 
Mesmo que nos parecendo, à priori, tão curta e pobre esta oração, a Irmã Lúcia, uma das videntes das aparições de Nossa Senhora em Fátima, tem ainda tanto para nos falar sobre a mesma.
 
Em "Apelos da mensagem de Fátima" lemos o que nos diz:
 
I.                APELO Á FÉ
Desejo agora repassar a Mensagem que o bom Deus, pela Sua Mãe Santíssima, confiou aos humildes pastorinhos da Cova de iria (Fátima), para renovar à humanidade de hoje, nomeadamente aos peregrinos de Fátima, os Seus apelos de sempre.
Dizer peregrinos de Fátima é o mesmo que dizer peregrinos da Paz; creio até que existe um idioma no qual a palavra Fátima significa paz. De qualquer modo, todos somos peregrinos da Paz; por viver em paz: todos desejamos e anelamos por dias de paz, por viver em paz. Mas esta paz não será conseguida, enquanto não tomarmos a Lei de Deus por norma e guia dos nossos passos. Ora, toda a Mensagem de Fátima, é uma chamada de atenção para essa Lei divina. Por isso, vamos segui-la passo a passo, e ela nos indicará o caminho a percorrer.
Quando se deram as Aparições, eu ainda não conhecia esta Lei; dela, tinha apenas uma ideia muito limitada e imperfeita, que possuía qualquer outra criança simples e ignorante, como eu era então, que não soubesse ler nem escrever e vivesse num meio tão desprovido de cultura e ciência, como era aquele em que me encontrava. E apesar de ter passado a viver depois em meios mais cultos, confesso que só muito lentamente é que fui  adquirindo esse conhecimento, pela Luz que Deus me foi dando.
Na verdade, só muito tempo depois de se terem verificado tais acontecimentos e de os termos descrito, é que me foi permitida a leitura do livro da Sagrada Escritura. E foi só então que compreendi o verdadeiro sentido da Mensagem, embora me houvesse sido dado a compreendê-lo já antes, mas em sentido menos concreto.
Primeiro apelo da Mensagem:
Meu Deus eu creio.
Estávamos na Primavera de 1916… Suponho eu, porque então, como criança, não me preocupava de datas, possivelmente nem saberia a quantos se estava do mês! Nessa altura, pois, encontrando-se os humildes pastorinhos de Fátima, na encosta do chamado monte do «Cabeço», ao abrigo de uma rocha a que deram o nome de «Loca», viram a certa distância um jovem, como se fosse de luz, que se aproximava e, ao chegar junto deles, disse:
«Não tenhais medo. Sou o anjo da paz. Orai comigo». E, ajoelhando por terra, curvou a fronte até ao chão, repetindo por três vezes as seguintes palavras:
«Meus Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam».
Em seguida ergueu-se e concluiu dizendo:
«Orai assim; os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas»
O primeiro apelo, que Deus nos dirige aqui por meio do Seu enviado, é um apelo à Fé: Meu Deus, eu creio!
(segue…)
II
A Fé está na base de toda a vida espiritual. É pela fé que acreditamos na existência de Deus, no Seu poder, na Sua sabedoria, na sua misericórdia, na sua obra redentora, no seu perdão e no Seu amor de Pai.
É pela fé que acreditamos na Igreja de Deus, fundada por Jesus Cristo, e na Doutrina que ela nos transmite e por meio da qual seremos salvos.
É a luz da fé que guia os nossos passos, conduzindo-nos pela via estreita que leva ao Céu.
É pela fé que vemos Cristo nos nossos irmãos, que os amamos, servimos e ajudamos , quando precisam do nosso auxílio.
É ainda pela fé que nos vem a certeza da presença de Deus em nós; de que estamos sempre sob o olhar de Deus. É este olhar de Luz, omnipotente e imenso, que se estende por toda a parte, que tudo vê, tudo penetra, com nitidez única e própria só do Sol Divino, face ao qual o sol, que vemos e nos alumia, não é mais que pálido reflexo, uma ténue centelha emanada da Luz do imenso Ser que é Deus.
Isto que acabo de dizer-vos, não é novo; di-lo já S. João, no início do seu Evangelho:
«No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus; e o Verbo era Deus. Ele estava, no princípio, com Deus. Tudo começou a existir por meio d’Ele, e sem ele nada foi criado. N’Ele estava a Vida, e a Vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a admitiram» (Jo, 1, 1-5).
Nesta passagem, S. João fala-nos do Ser eterno do Verbo de Deus; diz-nos que tudo por Ele foi criado; tudo recebeu d’Ele o ser que tem. No Seu poder, bondade e sabedoria infinita, Deus comunica a tudo quanto existe os dons necessários à sua subsistência. Por isso, tudo depende d’Ele, e sem Ele nada pode continuar a existir.
… (continua…)
Resumo do 1º Capítulo de: Apelos da Mensagem de Fátima – Autoria: Irmã Lúcia.
 

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Salvé Regina!