4.5.16

A procura do invisível

A PROCURA DO INVISÍVEL
 
A pergunta é feita de uma procura. O homem procura Deus. O jovem compreende, no mais profundo de si próprio, que tal procura é a lei interior da sua existência. O ser  humano procura a sua vida no mundo visível e, através do mundo visível, procura o invisível ao longo da sua viagem espiritual. Cada um de nós tem a sua história pessoal e tem dentro de si o desejo de ver Deus, um desejo que se sente no momento exacto em que se descobre o mundo criado. Este mundo é maravilhoso e rico, desdobra perante a humanidade as suas inúmeras riquezas, seduz, atrai tanto a razão como a vontade. Mas, no fim de contas, não enche o espírito. O homem apercebe-se  de que este mundo, na diversidade das suas riquezas, é superficial e precário; num certo sentido, está destinado à morte.
 
PERGUNTAS PROFUNDAS
 
Hoje tomamos ainda mais consciência da fragilidade da nossa terra, com demasiada frequência degradada pela própria mão do homem a quem o Criador a confiou.

Quanto a esse mesmo homem, vem ao mundo, nasce do ventre materno, cresce e amadurece; descobre a sua vocação e desenvolve a sua personalidade no decurso dos anos de actividade, depois aproxima-se o momento em que tem de deixar este mundo. Quanto mais longa é a sua vida, mais o homem se apercebe da sua própria precaridade, e mais se põe a questão da imortalidade: o que há para além da fronteira da morte? Então, no silêncio do ser, surge a pergunta feita Àquele que venceu a morte:

«Mestre, onde moras?» Mestre, Tu que amas e respeitas a pessoa humana, Tu que partilhaste o sofrimento com o homem, Tu esclareces o mistério da existência humana, fazes descobrir o verdadeiro sentido da nossa vida e da nossa vocação!
 
A RESPOSTA DA IGREJA
 
«Mestre, onde moras?»
 
A Igreja responde todos os dias: Cristo está presente na Eucaristia, o sacramento da sua morte e ressurreição. Nela e através dela, conhecereis a morada de Deus vivo na história do homem. Porque a Eucaristia é o sacramento do amor que vence a morte; é o sacramento da Aliança, uma pura dádiva de amor para a reconciliação dos homens; é a dádiva da presença real de Jesus, o Redentor, no pão que é o seu Sangue derramado por todos. Através da Eucaristia, incessantemente renovada em todos os povos do mundo, Cristo constitui  a sua Igreja; uni-vos nos louvores e nas acções de graças pela salvação, na comunhão que apenas o amor infinito pode selar. A nossa  reunião mundial ganha, assim, todo o seu significado, através da celebração da Missa. Jovens, meus amigos, que a vossa presença seja uma verdadeira adesão de fé! Eis que Cristo responde à vossa pergunta e, ao mesmo tempo, às perguntas de todos os homens que rodeiam o Deus vivo. Responde com o seu convite: este é o meu Corpo, comei todos. E confia ao Pai o desejo supremo nessa mesma comunhão de todos aqueles que ama.
 
São João Paulo II
 
 

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Salvé Regina!