24.5.16

24 de Maio - Maria Auxiliadora

A Nossa Senhora de Dom Bosco
 
 
A devoção à Auxiliadora fora reavivada pelas aparições de Spoleto, onde a Virgem manifestara o desejo de ser invocada com esse título.

Para Pietro Stella, "sem Spoleto, provavelmente Dom Bosco não se teria tornado o apóstolo da Auxiliadora; sem Dom Bosco, porém, a flama de Spoleto talvez tivesse sido um episódio característico do decênio 1860-1870, em clima de um escatologismo mariano, de messianismo antes da queda do Estado Pontifício. Dom Bosco, correlacionando à sua pessoa e às suas instituições o culto da Auxiliadora, conseguiu dar uma dimensão grandiosa e mundial à devoção a Maria Auxiliadora" (Pietro STELLA, Don Bosco nella storia della religiosità cattolica, II, p. 173).

Dessa forma, com a Basílica, a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora une todas as casas salesianas do mundo todo.
Raras vezes aconteceu que um título mariano se difundisse com tanta rapidez, entre os católicos, como o de Maria Auxiliadora. Provam-no os inumeráveis quadros, altares e igrejas dedicados ao seu culto em todo o mundo. A presença de Maria no trabalho de Dom Bosco e dos salesianos perdura até hoje como a segurança materna de uma proteção especial. Em contrapartida, os salesianos lhe devotam um carinho especial, são seus filhos realmente (cf. carta Lasagna-Bosco 05/12/1877, em Mons. Luigi Lasagna, Epistolario, I, p. 159.23-24).

Há duas razões fundamentais para a escolha desse título, para além de outros motivos implícitos e explícitos: a primeira, pela lúcida intuição da atualidade do culto de Maria Auxiliadora na Igreja de seu tempo. O recurso a Maria Auxiliadora se impôs em virtude das extraordinárias dificuldades em que a Igreja se debatia então. A segunda, pelo alcance, dificilmente calculável que virá a ter na história salesiana a construção e a existência da Basílica de Maria Auxiliadora em Valdocco.
A basílica de Valdocco é um santuário entendido como lugar que oferece, por sua natureza, uma presença incisiva de Deus, de Cristo, como também de Maria de repercussão não só para a cidade de Turim, mas nacional e mundial, aberto às exigências espirituais e apostólicas da Igreja.

Na origem estão a piedade, a intuição e a energia realizadora de Dom Bosco, padre educador e fundador religioso, profundamente convencido da importância da Auxilium Cristianorum em tempos calamitosos para a Igreja e não menos difíceis para a firmeza da fé de seus membros. Ela podia se constituir em uma singular reserva para a vida espiritual dos jovens e de seus educadores.
Essa opção expressa de forma muito condizente e ilustrativa o modo ou o processo de decisão do educador Dom Bosco. Tratava-se de uma oferta para os salesianos se ampararem na presença de Maria Auxiliadora como Mãe e Mestra. Porém essa escolha revela um processo de Dom Bosco inteiramente inserido no tempo. Acolhe o que lhe parece o melhor para integrar em seu processo educativo, considera as perspectivas e revela ou acentua as possibilidades futuras e as torna um lema e uma realidade.

A consciência popular não tardou em descobrir a maravilhosa aliança entre Maria Auxiliadora e Dom Bosco, a incindível ligação que os unia: Dom Bosco era verdadeiramente o "santo de Maria Auxiliadora" e Maria Auxiliadora era realmente a "Nossa Senhora de Dom Bosco". Essa denominação, nascida da intuição de fé dos crentes, passou para a história.

Maria Auxiliadora

Texto e Imagem daqui:
http://www.boletimsalesiano.org.br/index.php/salesianidade/item/210-a-nossa-senhora-da-dom-bosco

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