28.2.16

Alma da Igreja

1.

Coração da Igreja

A Declaração Lumen Gentium (n.4) sobre a Igreja diz do Espírito Santo: «Este é o Espírito que dá vida, é uma fonte de água que corre para a vida eterna; através dele, o Pai dá nova vida aos
homens mortos pelo pecado, até que um dia ressuscitem em Cristo os seus corpos mortais.» Portanto, pelo poder e por acção do Espírito, através do qual Cristo ressuscitou, serão ressuscitados
aqueles que estão incorporados em Cristo. É o ensinamento de São Paulo, retomado pelo Concílio.

O mesmo Concílio acrescenta que, descendo sobre os Apóstolos, o Espírito Santo deu início à Igreja, a qual, no Novo Testamento, e especialmente em são Paulo, é descrita como o corpo de
Cristo: «O Filho de Deus... comunicando o seu Espírito, faz com que os seus irmãos, chamados entre todas as gentes, constituam o seu corpo místico».

A tradição cristã, que retoma este texto de Paulo, da «Ecclesia Corpus Christi», da qual - sempre segundo o Apóstolo - o Espírito Santo é o princípio revigorador, chega a dizer, numa belíssima
expressão, que o Espírito Santo é a «alma» da Igreja. Basta citar Santo Agostinho, que, no seu discurso, afirma: «Aquilo que que o nosso espírito, isto é, a nossa alma, é em relação aos nossos 
membros, é o Espírito Santo para os membros de Cristo, ou seja, para o Corpo de Cristo, que é a Igreja». É também sugestivo um texto da Súmula Teológica, na qual São Tomás de Aquino,
falando de Cristo, cabeça do corpo da Igreja, compara o Espírito Santo ao coração, porque «de forma invisível dá vida à Igreja e a unifica», tal como o coração «exerce um influxo interior no
corpo humano». O Espírito Santo «alma da Igreja», «coração da Igreja», é um belo dado da Tradição, que se deve estudar.
 
(segue...)

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